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25 de agosto de 2022 - Clipping

Clipping EGA – 25/08

Clipping EGA – 25/08

Para quem está por aqui pela primeira vez, seja muitíssimo bem-vindo(a).

Começamos a semana com algumas boas noticias. A Europa começa lentamente a abrir as portas para os turistas. Na Espanha, os brasileiros que tiverem imunizados com qualquer uma das vacinas aplicadas, podem entrar no país.

Ontem, 24/08, o Brasil registrou a menor média móvel de casos de COVID, desde novembro do ano passado. Ao mesmo tempo, Ibovespa obteve maior alta desde Janeiro, acima dos 120 mil pontos. Mercado recupera boa parte das perdas dos últimos dias graças a política, commodities e exterior positivo.

Vamos ao que interessa: o Clipping EGA de hoje!

1) Armadores defendem distinção entre feeder e cabotagem no BR do Mar

Um grupo formado por sete armadores de longo curso que atuam na costa brasileira apontou a necessidade de distinção entre serviço feeder e carga de cabotagem no projeto de lei 4.199/2020 (BR do Mar). Cosco, Hapag Lloyd, MSC, ONE, PIL, Yang Ming e Zim Lines manifestaram que veem o feeder como opção de conectividade da logística nacional, uma vez que o serviço pode conectar portos de menor porte com as principais rotas de navios que vão escalar Brasil nos próximos anos. As empresas entendem que, por ser um serviço complementar e com cargas semelhantes às de cabotagem, precisa ter o menor custo possível, uma vez que ele é parte do frete marítimo internacional.

A avaliação do grupo é que uma eventual aprovação do BR do Mar será positiva no sentido de permitir a operação de mais empresas na cabotagem, reduzindo custos de operação e resultando em mais agilidade e competitividade.

2) Setor produtivo apresenta agenda ao governo para reduzir o custo do transporte marítimo internacional

O setor produtivo brasileiro está sendo duramente impactado com os efeitos da crise no comércio internacional, que se iniciou com a pandemia de Covid-19, mas vem se agravando mesmo com os avanços na contenção do vírus pelo mundo. A desorganização sem precedentes nesse mercado, que foi atingido por congestionamentos nos portos, falta de contêineres e valores de frete excessivamente altos, levou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em conjunto com empresas e associações do setor produtivo, a propor ao governo uma agenda de 11 ações para mitigar os custos e gargalos logísticos do comércio exterior, no curto e longo prazo.

3) Motoristas do Reino Unido abandonam contêineres para setores que oferecem melhores salários e condições

Os caminhoneiros parecem estar abandonando as cargas de containers pelo setor de entrega mais lucrativo, à medida que a batalha pelos motoristas se intensifica.

O Loadstar conversou com vários transportadores que disseram que não estavam apenas obtendo taxas “muito melhores” entregando produtos como pão ou produtos para a Amazon, mas também não estavam sendo expostos a um tratamento “ruim”.

Há uma compensação, em que você está lidando com todos os fechamentos noturnos e os prazos são mais apertados – especialmente para empresas como Amazon e Hermes – mas é 35% mais lucrativo do que o trabalho em container. “Isso ocorre em apenas um turno, se tivéssemos motoristas suficientes, poderíamos fazer dois turnos nos caminhões e estaríamos realmente fazendo uma matança, em vez de trabalhar em containers que é apenas matança.”

4) Compartilhamento de cargas permite reduzir custos com o frete

Com o intuito de minimizar gastos com fretes e ampliar a atuação da malha, grandes companhias da logística brasileira já tentaram iniciar projetos de compartilhamento de frete, um conceito por meio do qual é possível ter atuação conjunta de embarcadores com similaridades de cargas. Segundo o cofundador da SimuleFrete, Sergio Sanchez, esse conceito já existe no mercado, mas faltava a existência de uma tecnologia que incentivasse o compartilhamento de frete, através de controles sistêmicos para integrar e parametrizar processos entre as empresas.

O compartilhamento de fretes exige transformações no “mindset operacional” nas empresas. O primeiro passo é identificar com quais embarcadores parceiros é possível compartilhar cargas e estabelecer padrões mínimos de exigência, assim como destinos, similaridade de cargas, novas regiões que desejam atingir para uma possível expansão da malha rodoviária que beneficiem os envolvidos.

5) Mercado Livre compra 100% da plataforma de entregas Kangu

O Mercado Livre anunciou nesta terça-feira a compra de 100% da plataforma de entrega de encomendas Kangu, ampliando a aposta em logística própria como diferencial na América Latina, uma das regiões onde o comércio eletrônico mais cresce no mundo.

6) Como a privatização dos Correios afeta a logística no Brasil?

Com a privatização dos Correios caminhando a passos largos nas últimas semanas, o mercado já começa a visualizar a possibilidade como realidade próxima. Mas como o setor de logística será afetado no Brasil caso realmente ocorra a venda? “Se trata da única empresa do setor com presença em todos municípios do país, com papel importante de capilaridade na distribuição”, diz Fernando Moulin, sócio da Sponsorb, consultoria boutique de business performance especializada em e-commerce.

7) Viracopos tem alta de 51,87% de carga nos primeiros sete meses de 2021

O Aeroporto Internacional de Viracopos registrou alta de 51,87% no total de carga movimentada, em toneladas, nos primeiros sete meses de 2021 em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados indicam que o aeroporto teve os melhores sete meses desde o início da concessão, em 2013.

Os resultados positivos foram alavancados mais uma vez por altas nos setores de importação, exportação, remessas expressas (courier) e cargas nacionais (domésticas). Entre os segmentos em destaque estão os de tecnologia, farmacêutico, químico, metalmecânico, vestuário, calçados, frutas, autopeças, automotivo, papelaria, entre outros diversos produtos.

8) Como as fusões e aquisições estão mudando a dinâmica global no mercado de agentes de cargas?

Na semana passada, a DHL Global anunciou a compra da empresa JF Hillebrand por um valor aproximado de 1,5 bilhão de euros. Trata-se do que denominamos de compra de nicho, pois a JF é especializada no transporte internacional de bebidas e bulk líquidos não perigosos. As aquisições de nicho no segmento de Freight Forwarder têm aumentado ano a ano e, na minha opinião, fazem muito sentido. A DSV também anunciou a conclusão da aquisição do agente kuwaitiano Agility, que passou a deter 8% na participação acionaria da DSV Global, que tem se destacado no segmento com uma rentabilidade média de 10%. A companhia vislumbrou uma grande oportunidade na mesa, pois a rentabilidade média da Agility é de 3,5% a 4%.

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