Nas últimas duas semanas, o Reino Unido foi o primeiro a vacinar a sua população com o imunizante da Pfizer em parceria com a BioNTech. Porém, nesse fim de semana, o primeiro-ministro Boris Johnson decidiu retomar o lockdown parcial durante o Natal em função a uma nova mutação do vírus causador da Covid-19.
O mundo estava apreensivo para como a população do Reino Unido reagiria a vacinação. Apesar de algumas reações alérgicas, todos estavam esperançosos com a nova fase da luta contra o coronavírus. Entretanto, a nova variante do vírus parece se espalhar mais facilmente e pode ser até 70% mais transmissível do que a cepa anterior.
Diversos países da Europa e de outros continentes aderiram nesta segunda-feira (21) às restrições aos voos do Reino Unido. A variante do coronavírus também foi detectada em outros países: os governos da Austrália, Itália e Holanda afirmaram que encontraram pacientes infectados com essa cepa do vírus. Também foram encontrados casos em Gibraltar e na Dinamarca.
Na América do Sul, Argentina, Colômbia, Chile e Peru decidiram fechar as suas fronteiras aéreas com o Reino Unido devido ao avanço da nova variante do coronavírus. El Salvador e Canadá também impuseram restrições.
Por esse motivo, o dólar opera em forte alta nesta segunda-feira, em meio à cautela dos investidores diante de uma nova variante do coronavírus identificada no Reino Unido, o que está forçando restrições mais severas na Inglaterra e elevando as preocupações sobre a recuperação do crescimento econômico.
Abaixo, reunimos as principais notícias da semana em nosso clipping semanal:
1) Agência francesa tem € 500 mi para financiar projetos no Brasil em 2021
A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) diz ter cerca de € 500 milhões mais de R$ 3 bilhões pela taxa de câmbio atual à disposição do Brasil para novos financiamentos de projetos públicos e privados no país em 2021.
Operações com companhias de água e esgoto, que devem iniciar um ciclo de investimentos por causa do novo marco legal do saneamento, e empréstimos a municípios (para obras de mobilidade urbana, aterros sanitários, iluminação pública) estão entre os principais empréstimos em negociação pela agência. A instituição também negocia com dois bancos privados, cujos nomes são mantidos em reserva, para ter linhas de crédito pulverizadas, que possam atingir mais tomadores.
2) Após reportagem, governo do Pará recua e diz que não vai construir usinas em rio da Amazônia
O governador do Pará, Helder Barbalho, recorreu às redes sociais para afirmar que não vai levar adiante seu plano de construir oito hidrelétricas ao longo do Rio São Benedito no município de Jacareacanga, sul do Estado.
Barbalho, que foi procurado por dois dias pela reportagem do Estadão, mas se negou a falar sobre o assunto, escreveu que “não há qualquer possibilidade do Governo do Pará estar estudando construir hidrelétricas no Rio São Benedito, em Jacareacanga, como informou o Estadão Não temos compromisso e nem aceitamos projetos desse tipo.”
Ocorre que o governador Helder Barbalho estudava, sim, a construção das usinas, e isso consta em documentos e publicações oficiais feitas pela própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Como informou a reportagem, Helder esteve, inclusive, em reunião presencial com a diretoria-geral da agência para tratar do assunto. O próprio governador fez questão de divulgar o encontro em seu perfil, pelo Instagram, com foto ao lado dos diretores.
3) Área de soja aumenta e puxa venda de fertilizante no país
Impulsionadas pelo avanço do plantio de soja e pelos investimentos que os produtores de grãos, mais capitalizados, têm feito nas lavouras, as vendas de fertilizantes no Brasil deverão manter a tendência dos últimos anos e crescer de 3% a 5% em 2020. Conforme analistas e empresas do ramo, a demanda total de adubos baterá um novo recorde e poderá superar a marca de 38 milhões de toneladas neste ano, ante 36,2 milhões em 2019.
Segundo os dados mais recentes divulgados pela Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda), de janeiro a julho as entregas das misturadoras (fabricantes dos produtos finais) às revendas somaram 20,4 milhões de toneladas. O volume representou um aumento de 15,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
4) China mantém quase intacto volume exportado ao Brasil
A desvalorização do real, acompanhada do choque duplo da pandemia, contribuiu para a queda de preços médios em dólar e de volumes nas importações brasileiras no decorrer de 2020. O perfil da pauta de importação e a dinâmica da pandemia, porém, diferenciaram os desempenhos dos principais países e blocos fornecedores de bens, com a China mantendo neste ano praticamente intacta a quantidade do que embarcou ao Brasil em 2019.
A China reduziu em ritmo menor que a média os preços em dólar em 2020 na comparação com o ano passado. O país asiático praticamente manteve estável a quantidade que vendeu em bens de capital ao Brasil, avançando consideravelmente nos bens de consumo não duráveis. Já os preços médios do que se compra dos Estados Unidos caíram em ritmo parecido com a média das importações, mas o volume caiu praticamente o dobro da taxa, com queda em todas as categorias de uso. Nos bens importados da União Europeia, os volumes também caíram em ritmo mais acelerado que a média, embora em taxa menor que a das compras com origem nos EUA. Também houve queda em todas as categorias de uso.
5) Chineses ampliam vendas para a AL
Durante a pandemia, a China ampliou sua participação na pauta de importações dos países da América do Sul e do México. O Brasil e os EUA, por sua vez, perderam espaço.
As importações chinesas para a Argentina, por exemplo, passaram de 18,8% do total importado no período de janeiro a outubro de 2019 para 19,77 no mesmo período deste ano. Compras vindas dos EUA foram de 12,9% para 10,4%, e as provenientes do Brasil caíram de 20,6% para 20,2%.
Nos 11 primeiros meses do ano, as importações chinesas pelo Peru passaram de 24,1% do total para 28,1%, enquanto as americanas caíram de 20,9% para 18,4%. As brasileiras diminuíram de 5,7% para 5,4%. Fenômeno semelhante é observado na Colômbia, Chile, Equador e México.
6) Congresso dos EUA sela acordo sobre pacote de US$ 900 bi
Os líderes republicanos e democratas no Congresso dos EUA anunciaram ontem que chegaram a um acordo sobre um pacote de ajuda de US$ 900 bilhões para atenuar o impacto da crise provocada pela pandemia. A votação do pacote está prevista para hoje.
“Finalmente, alcançamos o consenso de que o país precisa”, disse ontem o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, no plenário do Senado, após meses de intensa negociação.
7) De olho em vacina, empresa de logística dobra sua capacidade refrigerada
Responsável pela logística de 2 milhões de testes de covid-19 e de vacinas contra meningite C, a Tora Soluções Integradas pretende dobrar a capacidade de armazenamento refrigerado em Betim (MG). O objetivo é atender à demanda e agilizar o transporte das vacinas contra o coronavírus na região Sudeste.
Friozinho. Com faturamento anual de R$ 750 milhões, 61 filiais em 12 Estados e quatro no exterior (duas na Argentina, uma no Chile e uma no Uruguai), a Tora vai investir R$ 10 milhões nessa adaptação. Com a expansão, terá capacidade de armazenar cerca de 7 milhões de doses de vacinas por remessa recebida do exterior.
Outra infra. Além do espaço físico refrigerado, a empresa também está se estruturando para receber em maior escala a carga importada em aeroporto, fazer o transporte com DTA (Declaração de Trânsito Aduaneiro) e o acompanhamento do armazenamento com profissionais para a manutenção da qualidade dos produtos e sistemas de monitoramento.
8) Exportações brasileiras de carne bovina devem seguir em alta em 2021
Puxadas pela forte demanda da China, os embarques de carne bovina do país já estabeleceram um novo recorde histórico em 2020 e deverão voltar a crescer em 2021, embora em um ritmo menor.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) informou na sexta-feira que as vendas deverão somar 2 milhões de toneladas neste ano, ou US$ 8,5 bilhões. Em relação a 2019, os crescimento são de 8,8% e 11,8%, respectivamente. Para 2021, a entidade projetou o volume das exportações em 2,1 milhões de toneladas e a receita em US$ 8,8 bilhões. Se confirmados os avanços, será o quinto ano consecutivo de crescimento.
Segundo, Antonio Camardelli, presidente da Abiec, essas projeções podem ser consideradas conservadoras, mas a cautela se justifica pelas incertezas ainda provocadas pela pandemia da covid-19 e seus reflexos sobre a demanda global da proteína a pandemia também continua a exigir controles adicionais dos frigoríficos para evitar a disseminação do vírus entre funcionários.
9) Thyssenkrupp avança no setor eólico no Brasil
De olho no potencial do setor eólico no Brasil, o conglomerado alemão Thyssenkrupp vai aumentar seu portfólio de produtos destinados ao segmento. A empresa, que já fornece rolamentos e anéis de amplo diâmetro para turbinas eólicas a partir da fábrica de Diadema (SP), vai expandir a atuação com a atividade de usinagem na unidade de Santa Luzia (MG).
Atrás da trilha. A meta é destinar cerca de 20% da capacidade produtiva de Santa Luzia para o setor de energia, segundo o presidente da Thyssenkrupp na América do Sul, Paulo Alvarenga. Dentro da nova estratégia, a empresa já está trabalhando na produção e usinagem de 50 peças de grande porte para dois clientes do setor, com previsão de entrega para o primeiro semestre.
10) Randon tem receita líquida de R$ 574 milhões em novembro, alta de 31%
A Randon Implementos e Participações teve receita líquida de R$ 574 milhões em novembro, uma alta de 31,1% na comparação anual. No acumulado dos onze primeiros meses do ano, a receita líquida totalizou R$ 4,81 bilhões, valor 1,7% maior que o verificado no mesmo período de 2019.
11) Austrália projeta receita recorde com exportação de minério de ferro
País cita uma forte demanda vinda da China, em um momento de dificuldades de oferta no Brasil. A Austrália projeta que suas receitas de exportação de minério de ferro devem bater recordes nos anos de 2020 e 2021, sustentadas pelos maiores preços dos últimos nove anos da matéria prima.
12) Setor de máquinas e equipamentos prevê crescimento de 6,9% em 2021
Após intensa queda no início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o setor de máquinas e equipamentos vem registrando, a partir do mês de julho deste ano, um desempeno positivo. Em outubro a melhora nos resultados anulou a queda naquele período. Até o final de 2020, a expectativa é de crescimento de 2% nas vendas totais. Já para 2021 espera-se um aumento de 6,9%, dependendo do controle das infecções pela Covid-19.
De acordo com a diretora de competitividade, economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Maria Cristina Zanella, o resultado obtido este ano foi importante, mas ainda muito abaixo das necessidades do país que há anos vem registrando encolhimento da taxa de investimentos.
13) Leilão de terminais portuários injetará mais de R$ 400 milhões em investimentos
O Ministério da Infraestrutura (MInfra) arrecadou o total de R$ 87,5 milhões em outorgas com o leilão dos quatro terminais portuários localizados em Alagoas, Bahia e Paraná, que irão atrair mais de R$ 400 milhões em investimentos. Os vencedores do leilão foram Timac Agro Indústria (MAC10), CS Brasil Transportes (ATU12 e ATU18) e Ascensus Gestão e Participações (PAR12).
Os terminais ATU12 e ATU18, que ficam no Porto de Aratu-Candeias (BA), foram arrematados pela CS Brasil Transportes por R$ 62,5 milhões em outorgas totais (ATU12 – R$ 10 milhões / ATU18 – R$ 52,5 milhões). Ambos movimentam e armazenam granéis sólidos – principalmente fertilizantes – concentrado de cobre, vegetais e minérios diversos. O porto organizado onde os terminais estão inseridos funciona como rota de escoamento da produção e importação do Polo Industrial de Camaçari, que é o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, abrigando mais de noventa indústrias químicas e petroquímicas, além de outros setores como automotivo, de celulose, metalurgia do cobre etc. Estão estimados R$ 365 milhões de investimentos nestes terminais.
14) “Fim do Reporto tinha que ser considerado”, afirma Freitas
O ministro da infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que o fim do Reporto não vai reduzir o apetite de investimentos privados porque o investidor sempre está pensando no longo prazo. Para o ministro, o investidor olha os projetos de infraestrutura num horizonte de 30 a 40 anos. O Regime tributário para incentivo à modernização e à ampliação da estrutura portuária (Reporto) tem validade até 31 de dezembro de 2020.
“O Reporto tinha data pra acabar (final de dezembro de 2020). Então é uma coisa que já está precificada e, no mínimo, tinha que ser considerada”, afirmou Freitas, nesta sexta-feira (18), durante coletiva de imprensa após os leilões de áreas nos portos de Maceió (AL), Aratu (BA) e Paranaguá (PR).
Obrigado por nos acompanhar durante este ano de 2020, através de nossos posts semanais, onde reunimos as notícias mais importantes do momento para você.
Um Feliz Natal e Boas Festas!
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