A economia no Brasil e no mundo segue bastante volátil. Semana passada algumas más notícias fizeram com que as Bolsas do EUA e também a B3, recuassem consideravelmente. Porém, esta semana começou com algumas boas notícias, sendo uma delas o fato de que a vacina parece estar mais perto de ser distribuída ainda este ano.
A EGA reúne as principais notícias dessa semana, a fim de manter quem nos segue em nossas mídias sociais informados.
Segue o nosso clipping semanal:
1) Argentina quer duto bilionário para levar gás até Porto Alegre
O novo embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, apresentou formalmente ao governo Jair Bolsonaro um projeto bilionário de gasoduto para escoar a produção de Vaca Muerta até Porto Alegre. Vaca Muerta é uma das maiores reservas de gás de xisto do planeta. De lá, o insumo argentino poderia conectar-se com a rede brasileira para abastecer os mercados da da região Sul e de São Paulo.
O projeto abrange a ampliação da capacidade de transporte no sistema de 1.430 quilômetros de dutos que corta o país vizinho. São investimentos estimados em US$ 3,7 bilhões entre a província de Neuquén, onde ficam as jazidas, e a fronteira com o Brasil em Uruguaiana (RS). A Casa Rosada corre atrás de financiamento para isso.
2) Energia eólica tem o menor custo entre as renováveis
A eólica é a mais barata entre as fontes renováveis de geração de energia, grupo que inclui ainda as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), a solar e a biomassa. A conclusão é de um estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), feito a pedido da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e antecipado ao Valor .
Os dados se referem a projetos já em operação no ambiente de contratação regulada (ACR) e compreendem um período de cinco anos (2015 a 2019). De acordo com o levantamento, no ano passado, o custo da energia eólica atingiu R$ 195 por megawatt-hora (MWh). Em seguida, aparecem a biomassa (R$ 246/MWh), as PCHs (R$ 280/MWh) e só então a solar (R$ 321/MWh).
A motivação para o estudo partiu de uma provocação dos próprios investidores do setor de energia, em especial a Abragel, entidade que representa as PCHs. Em reunião com a Aneel, os agentes apontaram dificuldades em entender o custo real das fontes renováveis para o consumidor final. Por isso, o estudo buscou acrescentar novos parâmetros aos cálculos além dos preços nos leilões – que, por sua vez, embutem os custos orçados pelos empreendedores com equipamentos, terreno, entre outros. O foco do estudo são as PCHs e eólicas, que têm mercados mais maduros no Brasil. Para essas duas fontes, foram considerados custos adicionais além do preço do leilão. No caso da eólica, que tem uma geração irregular, sujeita às condições de vento, foram agregados ao cálculo dois parâmetros que equilibram a intermitência da fonte: o despacho termelétrico e a disponibilidade de usinas para garantir a frequência.
3) Empresas aguardam BR do Mar, mas já vislumbram novos investimentos
Apesar das incertezas provocadas pela pandemia do novo coronavírus, o projeto BR do Mar vem criando boas expectativas de mercado para as empresas de navegação que atuam no país. Após importantes investimentos realizados ano passado, que geraram um caixa de R$ 634 milhões, a Log-In Logística Intermodal vem aguardando as definições do projeto para continuar seguindo com os investimentos, bem e direcioná-los para novas oportunidades de negócios. O BR do Mar já está tramitando em regime de urgência no Congresso Nacional.
A partir do entendimento de que a cabotagem deve ser vista dentro de um contexto de intermodalidade, a empresa vem investindo em serviços mais amplos para os clientes, como em operações customizadas incluindo 3PL e 4PL, além de atividade logística porta a porta. O objetivo, de acordo com o diretor é oferecer uma rede intermodal integrada.
4) Mais de um quarto da indústria tem queda de 10% ou mais
Passado o choque inicial da pandemia, a retomada da indústria tem sido mais rápida do que a esperada pelos analistas do mercado. Uma abertura mais detalhada do setor realizada pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) mostra, porém, que o estágio dessa recuperação mostra-se bastante desigual entre as atividades industriais.
Dados divulgados pelo IBGE mostraram que a produção da indústria recuou 27,5% em abril em relação ao mesmo mês do ano anterior, no auge dos impactos das medidas de isolamento. Desde então, a intensidade das perdas tem arrefecido. Em junho, era de 8,8% na comparação com junho de 2019; em julho havia desacelerado para 3%.
Dos 93 subsetores industriais levantados pelo Iedi, 43 tiveram quedas mais acentuadas do que a média da indústria no mês de julho. Entre eles, 26 apresentavam perdas na casa de dois dígitos. O pior resultado era da atividade de artigos de joalheria e bijuteria, com queda de 86% em relação a julho do ano passado.
5) Carreta deve reduzir emissão de CO2 em até 36 mil quilos/ano
A Air Liquide Brasil, empresa de gases, tecnologias e serviços para a indústria e saúde, iniciou as operações de seu novo veículo da área de Distribuição Gasosa: a carreta “Rodotrem”, que possui 30 metros de comprimento, capacidade para transportar 660 cilindros de uma única vez e destaque para a segurança, por meio de uma série de dispositivos instalados para proteger motoristas, condutores de outros veículos, ciclistas, motociclistas e pedestres.
O projeto também se diferencia pela abordagem sustentável: estima-se que o uso da carreta deve reduzir anualmente em até 36 mil quilos a emissão de gás carbônico (CO2) nas operações logísticas da empresa, já que o veículo vai absorver as viagens que precisariam ser feitas mais vezes e por outros veículos.
A iniciativa se soma àquelas que têm sido adotadas, globalmente, pelo Grupo Air Liquide, com o objetivo de cumprir a meta de reduzir em até 30% a sua intensidade de carbono até 2025, tendo como base os níveis registrados em 2015. Segundo Wesley Silva, diretor comercial para as áreas industrial e medicinal, o projeto do Rodotrem concretiza o objetivo da Air Liquide Brasil de agregar mais eficiência à sua cadeia logística e ao atendimento a seus clientes.
6) Rumo finaliza as obras da ponte ferroviária do Rio Grande
A Rumo concluiu ontem (9) a obra da ponte ferroviária do Rio Grande, localizada na divisa de São Paulo e Minas Gerais. A nova via faz parte da Malha Central (a nova denominação da Ferrovia Norte-Sul) e abrirá caminhos para os mercados de Goiás, Tocantins e Minas Gerais se conectarem ao maior porto do País, em Santos (SP). Esse empreendimento integra o trecho que liga o estado paulista aos futuros terminais de Iturama (MG) e de São Simão (GO).
A ponte é uma das maiores do trecho sob administração da Rumo que tornará realidade um projeto de governo que começou há 30 anos com o objetivo de integrar o transporte ferroviário.
A ponte ferroviária do Rio Grande tem 495 metros de extensão e trata-se de uma estrutura mista de concreto e aço. Pesa cerca de mil toneladas e é composta por dez vãos, sendo sete constituídos por vigas de concreto e outros três por estrutura metálica. A obra havia sido iniciada antes da Rumo assumir a concessão, mas não havia sido finalizada até agora.
A operação comercial da Malha Central, composta por trecho de 1.537 quilômetros entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP), tem como previsão de início o primeiro semestre de 2021.
7) Com greve dos Correios e alta do e-commerce, startups de logística crescem
Empresas como Loggi, Lalamove e Kangu conquistam novos clientes durante a pandemia do novo coronavírus e estão expandindo a operação em 2020!
A greve dos Correios, que completa 25 dias nesta sexta-feira, colocou a logística em pauta no Brasil. A paralisação dos funcionários da estatal, que demandam a manutenção do acordo coletivo firmado em 2019, pressionou o e-commerce, que vive um ano recorde. Com a pandemia do novo coronavírus, os consumidores, confinados em casa, mudaram seus hábitos e o comércio eletrônico cresceu em meses o que era esperado para anos. Analistas estimam que as vendas pela internet irão crescer 30% neste ano, totalizando 117 bilhões de reais.
8) Volume de fretes cresce 74% em Maio e Junho sinalizando retomada do setor
O volume total de fretes cresceu 31% entre maio e junho, o que sinaliza uma retomada no setor de transporte de cargas, segundo relatório da FreteBras. Analisando os principais setores individualmente, o aumento foi de 23% no setor de agronegócio, 32% em construção e 35% em industrializados no período. Quando analisado o acumulado de maio e junho, o volume de fretes cresceu 74%.
Em abril, a pandemia do coronavírus afetou fortemente o mercado de logística e transportes, provocando queda de 43% nos fretes, em relação a março. “Quando comparamos os meses de abril e junho, temos um crescimento de 62% nos fretes do agronegócio, 92% em materiais de construção e 93% em produtos industrializados, uma importante retomada que fortalece a relevância do setor para a economia”, revela Bruno Hacad, diretor de Operações da FreteBras.
Crescimento de fretes por segmento
O agronegócio foi o segmento que obteve o maior crescimento no volume total de fretes nos últimos três meses, de acordo com o relatório. Segundo Hacad, isso aconteceu pelo fato de o setor ser essencial para o Brasil, já que há uma grande dependência da produção e fornecimento de alimentos e insumos, além da grande representatividade do setor para o mercado externo.
“Quando analisamos nossos dados por segmento, destacamos no agro o crescimento das categorias de fertilizantes (102%), soja (124%) e milho (143%), isso comparando números de abril em relação a junho. O agronegócio contribui com quase 25% do PIB brasileiro. Só os grãos produzidos aqui alimentam cerca de 1,2 bilhão de pessoas em todo mundo, segundo a Embrapa”, detalha o diretor.
Números de abril comparado a junho no segmento de Construção destaca crescimento em cimento (51%), telha (93%) e pisos (199%). Já em Industrializados: alimentício (67%), siderúrgicos (150%) e máquinas/equipamentos (68%).
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