Hoje, 04 de Novembro, o mundo está voltado para os Estados Unidos. O democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump aguardam a contagem de votos que definirá o presidente eleito. Mas, devido ao tempo que leva para contar os milhares de votos enviados pelo correio por causa da pandemia de covid-19, pode levar dias para se obter o resultado final.
Nos EUA, o voto é indireto e conquista a Presidência o candidato que somar no mínimo 270 dos 538 delegados em disputa no colégio eleitoral americano.
Independentemente de quem vencer a eleição de ontem nos EUA, a economia americana corre o risco de passar por um período de turbulência nos próximos meses, devido à pandemia de covid-19 e, principalmente, no caso de não haver mais um pacote de estímulo, que proteja as empresas e os trabalhadores.
Economistas preveem riscos mais iminentes, no caso de um impasse eleitoral, e outros mais persistentes, devido ao agravamento da pandemia no país, que deve levar a mais desemprego e falência, se um pacote não for aprovado.
Agora, mudando de assunto para o nosso setor, os projetos de descomissionamento de plataformas fixas no Brasil vão demandar planejamento, organização e altos custos na contratação de navios-guindaste no exterior para içamento de partes das plataformas como jaquetas e topsides.
Mercados como o Mar do Norte e Golfo do México, que já passaram pelo descomissionamento de campos maduros, possuem embarcações desse tipo dedicadas. Um dos desafios para a atividade no Brasil será garantir a disponibilidade dessas embarcações, já que existem navios-guindaste comprometidos com serviços nessas outras regiões nos próximos anos. O engenheiro Leonardo Roncetti, diretor da TechCon Engenharia e Consultoria, observa que o país também pode contar com içamento heavy-lift convencional e, dependendo do tamanho da plataforma, com içamento único ou em várias partes.
Abaixo, a EGA selecionou as principais notícias da semana em nosso clipping semanal:
1) Eleições nos EUA: horas após fechamento das urnas, definição do novo presidente ainda está distante
Após mais de cinco horas desde o início da apuração de votos, o resultado das eleições presidenciais americanas continua indefinido.
O cenário indica para uma disputa apertada entre o candidato democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump, a ser definida por Estados do Meio-Oeste, como Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, justamente aqueles em que há grande volume de votos pelo correio a serem contabilizados e nos quais a apuração pode se estender pelos próximos dias.
2) Eleições nos EUA: Trump diz que já ganhou e que vai à Justiça contra ‘fraude’
Trump prometeu que irá à Suprema Corte americana para contestar a apuração dos votos enviados pelo correio, que ainda está em andamento em alguns Estados — e pode avançar por mais algum tempo. Milhões de votos ainda estão sendo contados.
“Isso é uma fraude para o público americano. Isso é uma vergonha. Nós íamos vencer essas eleições… francamente nós vencemos as eleições”, disse Trump, acrescentando que “isso é um constrangimento para nosso país”.
3) Içamentos demandarão planejamento e altos custos em descomissionamentos
Um dos desafios para atividade no Brasil é disponibilidade de navios-guindaste que operam em outros mercados. Custos das diárias dessas embarcações com 3.000 a 5000 toneladas são da ordem de US$ 500 mil, estima especialista.
4) Transnordestina pode agregar outros tipos de cargas ao Porto de Suape
A ferrovia Transnordestina tem sido uma das principais demandas da logística de transportes de cargas da região Nordeste. A obra interligaria regiões produtoras a áreas portuárias, beneficiando portos como o de Suape (PE) e Pecém (CE). No entanto, apesar da importância da ferrovia a obra ainda não foi retomada. O diretor de planejamento e gestão do Porto de Suape, Francisco Martins, lembrou que o Nordeste teve sua malha ferroviária reduzida ao longo dos anos.
De acordo com ele, oito capitais da região, indo de Sergipe ao Maranhão já foram servidas no passado por 4.679 quilômetros de malha ferroviária. Porém, atualmente foram reduzidos 26% dessa extensão. Portanto, ele destacou que a implantação da Transnordestina resgata parcialmente o modal ferroviário.
5) Segunda onda da pandemia na Europa já afetou exportações da Petrobrás
Embora países da Europa tenham aumentado a participação das exportações de petróleo da Petrobras no terceiro trimestre deste ano, a nova onda da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que vem assolando aqueles países já vem sendo sentida pela estatal. De acordo com o diretor de comercialização e logística da empresa, André Chiarini, houve um “pequeno” enfraquecimento no interesse dos clientes europeus em curto prazo. A informação foi dada durante coletiva de imprensa sobre o balanço financeiro da empresa no terceiro trimestre deste ano, realizada na última semana.
Chiarini afirmou, porém, que a participação das vendas para a Europa equivale a 13% das exportações de petróleo da empresa. Além disso, a diversificação de clientes ocorrida no terceiro trimestre de 2020 foi principalmente em função da retomada da economia na Europa após o fim da primeira onda da doença, e pelo interesse desses clientes nos óleos produzidos pelo Campo de Búzios.
6) Agricultura perde fôlego, exporta menos e importa mais
As exportações agropecuárias perdem fôlego neste início do quarto trimestre do ano. As vendas externas médias de outubro — consideradas as receitas obtidas por dia útil— ficaram 21% inferiores às de igual mês de 2019.
Já as importações, devido à aceleração nas compras externas de produtos básicos neste segundo semestre, aumentaram 3% no período.
A agricultura, assim, inverte o comportamento que vinha obtendo neste ano. Foi o único setor a aumentar as importações e a registrar queda nas exportações, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
7) Executivos veem luz no fim do túnel para investimentos em infraestrutura
A promoção dos investimentos em infraestrutura nos últimos seis meses deixou a desejar, afirmam 85,2% dos executivos do setor na pesquisa semestral Barômetro da Infraestrutura, feita pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e a consultoria EY. Apesar disso, os ouvidos em setembro recobraram o otimismo com o futuro do setor, que havia sido fortemente afetado pela pandemia.
De volta. Para mais da metade, (52,1%), o cenário é favorável aos investimentos em infraestrutura nos próximos seis meses, porcentual que já supera o do período pré-pandemia. Na pesquisa divulgada em junho, no auge da crise da covid-19, apenas 17,5% enxergavam um quadro promissor; 61% acreditavam que ele era desfavorável .
8) Podemos evitar uma mudança irreversível no clima
Caso Donald Trump tenha seu mandato presidencial renovado , em nenhuma outra área as consequências serão mais graves do que quanto à mudança do clima. As próximas décadas determinarão se a ameaça de mudança irreversível e destrutiva pode ou não ser evitada. Sem engajamento ativo da parte dos Estados Unidos, o sucesso parece inconcebível. Mesmo com eles, a tarefa seria difícil. Mas o que importa é que seria concebível. O que não podemos arcar é com o custo de não fazer o que precisa ser feito. Mas o faremos? Essa é a questão.
É indicativo da mudança de perspectiva na elite política mundial que um capítulo das “Perspectivas da Economia Mundial” que o FMI (Fundo Monetário Internacional) publicou em outubro tenha por foco a “mitigação da mudança no clima” –ou seja, impedi-la–, por meio de “estratégias que favoreçam o crescimento e distribuição”. Em resumo, o FMI insiste em que a humanidade será capaz de guardar seu bolo e também comê-lo: tanto elevar a renda da população quanto ter um clima mais seguro.
Como resultado das concentrações cada vez maiores de gases causadores do efeito-estufa na atmosfera, as temperaturas mundiais já estão cerca de um grau acima da média que existia antes da era industrial. Elas podem subir para 1,5 grau acima da média dentro de uma década, e para dois graus a mais ao final de outra década. Quando isso acontecer, advertem os cientistas que pesquisam sobre o clima, pontos de inflexão perigosos e irreversíveis no clima provavelmente terão sido ultrapassados.
9) Polêmica, autonomia do BC passa no rastro da covid-19
A pandemia da covid-19 conseguiu o que anos de polêmica impediram de avançar no Congresso : a aprovação do projeto de autonomia do Banco Central. É provável que a situação tivesse sido diferente num cenário fora dos tempos da pandemia, quando projetos sensíveis como esse são alvo de debate mais acalorado antes e depois de ir à votação pelo plenário.
10) Produtos mais procurados na quarentena têm alta 4 vezes maior do que a inflação
O confinamento imposto pela pandemia mudou os hábitos de consumo dos brasileiros que se viram do dia para noite trancados em casa tendo de cozinhar, trabalhar, estudar, tudo no mesmo lugar. E o comportamento de compras desse “novo normal” se refletiu nos movimentos de preços, também turbinados pela disparada do dólar.
Os dez subgrupos de produtos e serviços que registraram as maiores altas de preços nos últimos seis meses foram os mais demandados pelo consumidor. Juntos subiram em média 5,80% no varejo, resultado equivalente a quatro vezes a inflação geral do período, medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) do ( IBGE ), que foi de 1,35%.
POR HOJE É ISSO PESSOAL.
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